Os cinco trekkings mais famosos do Brasil, conhecidos por suas paisagens deslumbrantes e desafios, são:
1. Travessia Petrópolis-Teresópolis (RJ)
📍 Localização: Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro
⏳ Duração: 3 dias
📏 Distância: 30 km
⚠️ Dificuldade: Alta
Considerada a travessia mais bonita do Brasil, essa trilha liga as cidades de Petrópolis e Teresópolis, passando por paisagens incríveis, como o Dedo de Deus e a Pedra do Sino. O percurso exige bom preparo físico e pernoite em abrigos ou acampamentos.
2. Travessia da Serra Fina (MG/RJ/SP)
📍 Localização: Serra da Mantiqueira, entre Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo
⏳ Duração: 3 a 4 dias
📏 Distância: 30 km
⚠️ Dificuldade: Muito Alta
Uma das trilhas mais desafiadoras do Brasil, conhecida pelos seus trechos íngremes e pela necessidade de autonomia total (sem pontos de apoio). O ponto alto é a Pedra da Mina (2.798 m), um dos picos mais altos do país.
3. Travessia do Vale do Pati (BA)
📍 Localização: Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia
⏳ Duração: 4 a 5 dias
📏 Distância: 60 a 70 km
⚠️ Dificuldade: Moderada a Alta
Um dos trekkings mais belos do Brasil, passando por vales imensos, cachoeiras e vilarejos isolados. A travessia oferece a opção de pernoitar em casas de nativos, tornando a experiência ainda mais especial.
4. Travessia da Ilha Grande (RJ)
📍 Localização: Ilha Grande, Rio de Janeiro
⏳ Duração: 5 a 7 dias
📏 Distância: Cerca de 70 km
⚠️ Dificuldade: Moderada
Esse trekking percorre toda a ilha, passando por praias paradisíacas, mirantes incríveis e trechos de Mata Atlântica preservada. O trajeto pode ser adaptado conforme o ritmo do viajante.
5. Travessia das Sete Quedas (GO)
📍 Localização: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Goiás
⏳ Duração: 2 dias
📏 Distância: 23 km
⚠️ Dificuldade: Moderada a Alta
Um dos trekkings mais famosos do cerrado brasileiro, passando por cachoeiras incríveis e campos rupestres. A trilha exige pernoite selvagem dentro do parque.
Fazer trekking no Brasil em trilhas que duram mais de três dias exige planejamento e cuidados essenciais para garantir segurança e conforto ao longo do percurso. Primeiramente, é fundamental estudar o trajeto com antecedência, analisando mapas, altimetrias e pontos de água, além de verificar a necessidade de autorizações ou guias. Escolher um roteiro adequado ao seu nível de experiência também é crucial, pois algumas travessias apresentam dificuldades técnicas elevadas e demandam preparo físico intenso.
O equipamento adequado faz toda a diferença em trilhas longas. Uma mochila confortável e bem ajustada ao corpo é essencial para carregar os itens necessários sem comprometer a caminhada. O vestuário deve incluir roupas leves, respiráveis e adequadas ao clima da região, além de uma segunda camada para proteção contra o frio e uma capa de chuva. O calçado precisa ser resistente, antiderrapante e, de preferência, já amaciado para evitar bolhas e desconforto.
A hidratação e a alimentação são aspectos críticos. Como nem todas as trilhas possuem pontos de reabastecimento confiáveis, é importante carregar água suficiente e, se necessário, utilizar pastilhas purificadoras ou filtros portáteis. A alimentação deve ser prática e energética, incluindo alimentos leves e ricos em nutrientes, como castanhas, barras de proteína, frutas secas e refeições desidratadas fáceis de preparar.
Outro fator essencial é a logística do pernoite. Algumas trilhas permitem camping selvagem, exigindo que o trilheiro leve barraca, isolante térmico e saco de dormir adequado à temperatura esperada. Outras oferecem a possibilidade de pernoitar em abrigos, casas de nativos ou pousadas, o que pode reduzir o peso da mochila, mas exige reserva prévia.
A segurança não pode ser descartada. É recomendável carregar um kit de primeiros socorros com itens básicos para tratar cortes, torções e picadas de insetos. Além disso, um apito, lanterna e um canivete multifuncional podem ser úteis em situações imprevistas. Informar amigos ou familiares sobre o roteiro e a previsão de retorno é um cuidado importante, assim como manter um meio de comunicação de emergência, como um celular com bateria extra ou um rádio comunicador, principalmente em regiões sem sinal de telefonia.